Projetos literários


Lendo a biografia do Van Gogh 01

Artes não era a minha matéria favorita no colégio, pelo contrário, fazia de tudo para fugir das aulas. A minha sorte (hoje eu encaro dessa forma) é que a minha professora era bem insistente e não desistiu de mim. A primeira obra que eu conheci do Vincent foi “O quarto em Arles“; lembro que nesse dia, a professora pediu que reproduzíssemos a pintura como atividade. É claro que eu não levei os materiais pra aula, porém ela fez questão de emprestar os dela.

E foi assim o meu primeiro contato com o pintor: tentando reproduzir os quadros que estavam pendurados na parede e reclamando por estarem tortos. Depois dessa tentativa frustrada, pois a minha pintura ficou horrível, pensei que não veria mais nada relacionado ao pintor. Entretanto, a professora decidiu falar sobre as cartas trocadas entre Vincent e Theo e comecei a me interessar pela sua história.

Ganhei essa biografia como presente de amigo secreto na empresa em que trabalho. Fiquei muito feliz, pois ele estava na minha lista de desejados há um bom tempo. O que me impedia de ler era a quantidade de páginas. Não tenho costume de ler biografias; quando vi o calhamaço fiquei com medo de não dar conta. Mas agora sinto que chegou a hora de encará-lo. Quero ler neste ano e criei metas pequenas para não abandoná-lo (espero que dê certo).

Conhecendo a família Van Gogh

Estou bem no comecinho! Li 100 páginas até o momento e estou adorando. Por isso, decidi compartilhar um diário de leitura aqui no blog. Logo no início somos apresentados à família Van Gogh e é possível ver o relacionamento conturbado entre Anna (mãe) e Vincent. Ela não gostava do filho! Na verdade, ela não aceitava e nem compreendia a sua personalidade. Vincent era uma criança introspectiva e fazia de tudo para ter a aprovação da mãe, mas sempre foi ignorado. É claro que temos uma outra perspectiva e conseguimos analisar a infância de Anna, mas ainda assim ele cresceu sem carinho e afeto.

Como estou bem no comecinho e sei que tem muita coisa pela frente, não vou focar na relação entre eles agora. Entretanto, Anna sempre foi severa com os filhos e a religião sempre esteve acima de tudo. O mais leve sinal de perturbação em sua vida, desencadeava uma enxurrada de considerações devotas. Ao se casar com Theodorus van Gogh, sabia que precisaria ter vários filhos para seguir as regras das convenções.

Infância rígida

Um bebê natimorto foi enterrado em 30 de março de 1852 na pequena cidade holandesa de Zundert. Esta criança recebeu o nome de “Vincent Willem”. E exatamente um ano depois da morte do primogênito, com os pais ainda em luto, nasceu outro menino. Este sobreviveu e recebeu o mesmo nome do irmão falecido.

Vincent Willem teve cinco irmãos: Anna Cornelia, Theodorus, Elisabeth, Willeina e Cornelis Vincent. Anna se dedicou na criação dos filhos e escreveu: ‘Somos moldados primeiro pela família e depois pelo mundo”. No entanto, não era uma pessoa afetuosa e não gostava de contatos físicos. Mas conseguiu levar a arte pra dentro da família. Seus filhos não podiam ter contato com crianças que não tivessem a mesma classe social. Como quase não saíam de casa, ela usava o jardim pra ensinar os “significados” da natureza; despertou o interesse pela leitura (mesmo que só pudessem ler o que ela escolhia) e ensinou trabalhos manuais.

O fato é que ela e Dorius criaram os filhos num ambiente de risco constante e amor condicional. A leitura está fluindo por aqui e estou adorando conhecer mais sobre a família de Vincent.

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comentários

  • Nana

    Olá,
    Nossa a grossura do livro, mas acho que arriscaria na leitura.
    Eu imagino que realmente tenha pontos emocionantes, porque assisti Com Amor, Vincent e amei e me emocionei muiiito!

    até mais,
    Canto Cultzíneo

    responder
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