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A Cidade de Bronze – S. A. Chakraborty: Uma fantasia com personagens intimidadores

A Cidade de Bronze é o primeiro volume da trilogia de Daevabad da autora S. A. Chakraborty. É uma fantasia publicada pela editora Morro Branco.

SOBRE A HISTÓRIA

Nahri nunca acreditou em magia. Ela tem plena consciência de que é mais uma vigarista tentando sobreviver nas ruas de Cairo. A jovem sabe que é dona de um talento inigualável, porém são apenas negócios. As leituras de mãos e até mesmo o dom para a cura, são truques e habilidades aprendidas. É dessa forma que Nahri engana os nobres otomanos e sonha com um futuro melhor ao tentar juntar dinheiro para sair daquela cidade.

[pullquote align=”left” style=”style3″ width=”381″ size=”16″ line_height=”18″ bg_color=”#a07730″ txt_color=”#ffffff”][blockquote custom_class=”” txt_color=”#ffffff” size=”25″ line_height=”24″] Está brincando com coisas que não entende, Nahri. Não são suas tradições. Vai acabar com a alma partida por um demônio se não tomar mais cuidado. [/blockquote][/pullquote]

Mas todos os seus planos são deixados de lado quando acidentalmente ela convoca um grupo de demônios djinn chamados ifrit, Era para ser mais um golpe, afinal magia não existe e as palavras não tem poder. Contudo Nahri viu que eles estavam determinados a acabar com a sua vida. Felizmente, ela também convocou um djinn chamado Dara, que a protege do ifrit.

Ainda sem entender o que aconteceu, Nahri tenta buscar alguma explicação científica para o ocorrido. No entanto, Dara – que também estava desorientado – diz que para conseguir tal feito, Nahri não era apenas uma humana. E para a segurança de ambos, terão que fugir para a cidade mágica de Daevabad – Cidade de Bronze – antes que o ifrit voltasse.

A Cidade de Bronze

Entretanto, Nahri não faz ideia de que ao chegar na Cidade de Bronze, não deverá apenas lidar com um mundo mágico e a verdade sobre o seu passado. Mas também com a agitação política nas ruas de Daevabad. A sua presença pode piorar ainda mais a situação atual por lá.

Em Daevabad, dentro dos muros de bronze revestidos de encantamentos, ressentimentos antigos prevalecem. Ao atravessar o portão, ela descobre que o verdadeiro poder é cruel. Nenhuma magia será capaz de protegê-la da perigosa política da corte. Todo o golpe que ela pregou durante a sua vida, não se compara aos esquemas do rei. Nahri só queria uma vida melhor e não teve cuidado com o que desejou.

MINHA OPINIÃO

Esse livro mexeu tanto comigo, que nem sei como começar a falar sobre a história. Ele não estava na minha meta de leitura e só dei uma chance por insistência da Ju. Logo quando foi lançado pela editora Morro Branco, fiquei apaixonada pela capa e curiosa para saber do que se tratava. Todavia o tamanho me desanimou e fui adiando a leitura. Quando vi que a editora estava organizando uma leitura coletiva, decidi dar uma chance e foi a melhor decisão que eu fiz.

A Cidade de Bronze - S. A. Chakraborty: Uma fantasia com personagens intimidadores

Eu sou apaixonada por fantasia, só que eu já estava saturada com os mesmos elementos de sempre. E se você gosta do gênero vai me entender, pois em quase toda a história há um menino órfão, branco que acaba se tornando um herói. Enquanto as mulheres e personagens de outras etnias se tornavam vilões ou eram forçados a se encaixar naquele mundo. Felizmente isto está mudando e estou conhecendo novos mundos com elementos de fantasia e A Cidade de Bronze é maravilhoso nesse sentido.

A construção do cenário é incrível e todos os personagens são intrigantes. Eu finalizei a leitura querendo saber mais sobre a mitologia islâmica e pesquisando sobre os termos presentes na trama. As cenas que acontecem na fantástica Cidade de Bronze são tão vivas e corajosas que consegui imaginar tudo com a descrição da autora.

Os personagens principais

A história é narrada por duas perspectivas diferentes: Nahri e Ali. Nahri é uma protagonista difícil de descrever. Ela é forte, determinada e realista. Ela sempre se virou sozinha e sabe que não vale a pena confiar nas pessoas. Mas ao mesmo tempo ela possui um senso de justiça, ainda que não se sinta tão culpada em aplicar golpes. Enquanto viajava com Dara – outro personagem complexo – para fugir do ifrit, Nahri pensava em soluções para se livrar daquela situação, porque ela não precisava ser salva! Ela possui um forte instinto de sobrevivência e ao mesmo tempo é protetora com quem se importa.

E também temos o Ali. Não falei muito sobre o personagem, mas ele é fascinante. Ali é o oposto de Nahri e nasceu como o segundo filho privilegiado do Rei dos Djinn. Ele tem o poder e a influência que Nahri sempre sonhou em adquirir. Mas apesar disso tudo, Ali não concorda com as decisões da família. Ele é leal e protege quem ama. Entretanto, o príncipe sempre acreditou que tudo o que ele aprendeu quando criança era verdade. E no decorrer da história, vai tomando consciência de todas as mentiras que lhe foram contadas. Apesar de ter me irritado com algumas cenas e decisões do príncipe, devo admitir que admirei o seu jeito piedoso ao viver de acordo com os princípios do Profeta.

A Cidade de Bronze - S. A. Chakraborty: Uma fantasia com personagens intimidadores

E temos Dara! Senti falta de ver as coisas no seu ponto de vista, mas gostei da maneira que ele foi apresentado. Ele é o tipo de personagem que me apaixono na fantasia: misterioso. Não podemos confiar na sua história, mas tudo que ele faz cativa e convence. Ele é temido (e respeitado por alguns) e possui um passado aflitivo. Mas faz de tudo para proteger Nahri e é lindo demais – desculpem, mas realmente me apaixonei por Dara.

Um final surpreendente

Acho que já falei bastante sobre A cidade de Bronze e se você ainda não leu, deveria dar uma chance. Além desse ambiente incrível a autora envolve temas importantes relacionados ao preconceito, veracidade e opressão. Na trama vemos como os mais poderosos conseguem reescrever uma história e apresentá-la como um fato.

Nahri passou necessidades na infância e saiu de um país em guerra. Ela acreditou que poderia se livrar desse cenário ao aceitar viajar com Dara, mas acabou encontrando uma situação semelhante em Daevabad, Os shafit são perseguidos e vivem em condições precárias por não terem sangue nobre. Não vejo a hora de sair a sequência aqui no Brasil.

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comentários

  • Lourys Sá Reis

    Não poderia expressar melhor minha opinião sobre o livro como você fez. Automaticamente se tornou me livro preferido, mas tenho que admitir que nunca gostei do Ali, porém, eu estou pronta para defender meu Dara Afshin. Estou ansiosa para que chegue logo o segundo livro, pensa numa ressaca literária que estou depois de ler esse maravilhoso livro.

    responder
  • Alex

    Ótima resenha…. coloquei na minha lista…. tô vendo que quem adora fantasia vai adorar a história.
    Vou passar a ler todas suas resenhas
    Parabéns pela suas colocações

    responder
  • Aline Martins de Oliveira

    Oi! Eu amo fantasia, então esse livro tá na lista de desejos faz tempo.. Gosto de uma boa aventura, com cenas bem empolgantes e descritivas, com ótimos personagens. E que bom que vou encontrar tudo isso e muito mais nesse livro. A curiosidade sobre como foi aproveitado essa cultura com djinns, a ambientação no deserto, ajuda na vontade ler. Obrigada pela resenha!

    Bjoxx – Stalker Literária

    responder
  • Leyanne

    Lindas fotos e resenha incrível! A um tempo quero ler esse livro porque também sou a louca da fantasia hahaha. Achei muito legal a forma como descreveu sua experiência lendo ele e com certeza eu vou adorar a leitura.

    bjo
    https://www.imersaoliteraria.com.br/

    responder
    • Clayci

      Muito obrigada *_*
      Me surpreendi com a história e torcendo para vc conseguir dar uma chance

      responder
  • Liv

    Adorei a resenha. Eu também adoro fantasia, mas estou muito cansada de vários elementos repetitivos que tenho lido. Ultimamente se eu vejo que a protagonista é adolescente eu nem abro mais o livro. Mas existem boas exceções e fico animada em saber que esse é uma!
    Abraço,
    Liv

    responder
    • Clayci

      A Nahri me surpreendeu bastante, viu?
      Ela agiu por impulso e teve a cabeça dura. Mas gostei dela *_*

      responder
  • Thais Pereira Terra

    Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas também adoro livros de fantasia. Achei bacana que a história traz personagens diferentes do comum, muitos livros tem me entediado por ter enredo muito parecido. Vou ver se leio assim que conseguir um tempo porque estou com tantas coisas pra ler ultimamente. Ahh, e suas fotos estão lindas como sempre.

    https://www.biigthais.com/

    Beijoos ;*

    responder

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