Vivendo a Maternidade e Descobrindo Novas Versões de Mim
estou aprendendo a dançar conforme a música

Oi meninas! Ahh a maternidade! Se eu pudesse dar um conselho antes de ter um filho, seria este: se entrega! E olha que sou mãe há pouco tempo, viu? Mas a Cora me ensinou tanto nesses últimos dias, que fico feliz em compartilhar com vocês. Eu sempre fui uma pessoa individualista; gostava de ter as minhas coisinhas e viver os meus momentos de silêncio sozinha. Nunca me vi dividindo nada com alguém e isso era uma das justificativas que eu dava quando alguém perguntava se eu queria ter filhos… Até que me tornei mãe.

Mas aos pouquinhos, mergulhando na vivência materna (depois da crise de identidade e muitos choros), compreendi que não se trata de abrir mão da minha individualidade, mas sim de redescobri-la nos pequenos momentos. Encontrar o meu próprio ritmo tornou-se um desafio entre atender às necessidades da minha filha e apreciar alguns instantes para mim.

Alguma mamãe já passou por isso? Durante a gestação, a minha preocupação era enorme: será que ao me tornar mãe perderei minha singularidade? Digo isso porque precisei deixar alguns Hobbies temporariamente de lado, e até mesmo minha rotina de cuidados pessoais virou uma incógnita

No entanto, nesses primeiros dias com a Cora, compreendi que resistir só complicava essa trajetória materna. Aceitar que ela precisa de mim o tempo todo não foi um adeus à minha essência, mas sim um encontro comigo mesma.

A maternidade está mais tranquila por aqui

Essa entrega total não é uma renúncia, mas sim um descobrimento constante. A Cora sente quando estou presente, e isso se traduz em momentos mais calmos para ambas. Pintar o cabelo, fazer as unhas, ler, enfrentar momentos a sós com ela – essas são vitórias que surgem da aceitação e da minha presença continua.

Ao invés de lutar contra a maré, comecei a fluir. A maternidade se tornou mais gostosa quando passei a reconhecer e valorizar quem sou, sem que isso diminua minha entrega à Cora. Nos pequenos instantes cotidianos, como preparar um café ou desfrutar de um banho tranquilo, reencontro a Clayci que existia antes.

E é assim que vou compreendendo que a maternidade não apaga quem somos; ela amplia nossa capacidade de encontrar alegria nos detalhes. A individualidade não desaparece, apenas se transforma, e aqui se revela nos sorrisos encantadores da Cora e nos momentos que fazem desta experiência algo único e especial.

Cada riso compartilhado, cada brincadeira, e até mesmo os desafios se tornam capítulos únicos nesse livro que é a nossa vida juntas. A maternidade não precisa ser um apagar de páginas, mas sim um desdobrar de novas histórias, onde minha identidade se mistura harmoniosamente com a alegria de ser mãe. Assim descubro que ser eu mesma é o maior presente que posso oferecer à Cora.