Maternidade


Nove Meses como Mãe de Primeira Viagem
O Que Ninguém Me Contou: Lições de Uma Mãe de Primeira Viagem

Nesses últimos nove meses como mãe de primeira viagem, a vida me surpreendeu com desafios e descobertas que eu nunca imaginei. Desde o instante em que segurei minha filha nos braços, eu soube que minha vida estava prestes a mudar completamente. É impressionante como um serzinho tão pequeno pode transformar nosso mundo e revelar lados da nossa personalidade que nem sabíamos que existiam.

O que me inspirou a escrever este post foi o mesversário de nove meses da minha filha. Para comemorar, encomendei um bolo, mas a confeiteira acabou cometendo um pequeno deslize na personalização. O que era para ser uma brincadeira divertida – “Nove meses fazendo muito útero coçar” – virou uma crise existencial quando ela escreveu “Nove meses fazendo meu útero coçar”, como se eu já estivesse planejando engravidar de novo! Kkkk… Brincadeiras à parte, a confeiteira foi super fofa, mandou um novo bolo com a frase certa, e ele estava delicioso. Esse mesversário me deixou muito reflexiva. Passou tão rápido! Achei que seria legal compartilhar um pouco dessa experiência com vocês.

Ser mãe de primeira viagem é uma transformação diária. A cada sorriso, a cada choro, a cada nova descoberta, percebo que não sou apenas o apoio da minha filha, mas também uma aprendiz nesse processo. E isso é algo que só quem vive entende. No entanto, desde o começo, aprendi que a maternidade é uma experiência muito pessoal. Cada mãe, cada bebê, tem suas próprias particularidades, seus próprios ritmos. Não existe uma fórmula única, um manual definitivo que funcione para todos.

Apesar disso, a comparação com outras crianças e mães é quase inevitável. Como mãe de primeira viagem, somos constantemente bombardeadas com histórias de bebês que dormem a noite toda, que se desenvolvem rapidamente, que são “um sonho”. E isso gera uma ansiedade enorme. É difícil não se questionar se estamos fazendo algo errado quando nosso bebê não segue esse padrão idealizado. Mas, o que aprendi é que cada criança tem seu próprio tempo, e o mais importante é respeitar esse tempo, sem pressionar.

Infelizmente, nesse caminho, encontrei mães que, ao invés de oferecerem apoio, parecem estar em uma constante competição. Pode parecer exagero dizer que “mães odeiam outras mães”, mas a verdade é que existem sim aquelas que, ao invés de serem solidárias, preferem julgar. Elas comparam o desenvolvimento de seus filhos com o de outros de maneira implacável e, muitas vezes, fazem isso para validar suas próprias escolhas. O que fica claro é que, para algumas, a maternidade só é reconhecida se for sinônimo de sofrimento e sacrifício extremos. Parece que, para elas, não é permitido ser uma mãe feliz e realizada. Para minha surpresa, encontrei muitas assim ao longo do caminho, mesmo com minha filha ainda sendo apenas um bebê.

Outro aprendizado significativo foi sobre o sono do bebê. Antes de me tornar mãe, li inúmeros artigos e ouvi muitas histórias sobre técnicas infalíveis para fazer o bebê dormir a noite toda. Acreditei que, seguindo certos passos, tudo se resolveria. No entanto, logo percebi que não há uma receita pronta. De novo: Cada bebê é único, com sua própria personalidade e suas próprias necessidades, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Respeitar o ritmo da minha filha e entender que alguns dias serão melhores que outros foi fundamental para manter a sanidade.

o bolo de mêsversario de nove meses da minha filha

E, claro, por mais que a gente tente evitar, a comparação é algo que acaba acontecendo. Em algum momento, você se vê comparando a fase do seu filho com a de outras crianças. É algo quase instintivo, mas que pode trazer muita ansiedade e frustração. Aprendi que é importante reconhecer esse comportamento e tentar neutralizá-lo, focando no que realmente importa: o bem-estar e a felicidade da minha bebê.

Durante esse tempo, minha vida sofreu mudanças profundas. Quando nos tornamos mães, nossas prioridades mudam instantaneamente. Aquilo que antes parecia essencial, como carreira ou hobbies, agora pode parecer secundário diante das demandas de um bebê. E como mãe de primeira viagem, minha vida “parou” em muitos aspectos, sim. Houve um momento em que abri mão de muitas coisas para me dedicar completamente à minha filha. E isso não é necessariamente algo ruim, mas uma realidade que precisa ser encarada com naturalidade. Esse tempo de dedicação exclusiva foi essencial, mesmo que eu não estivesse totalmente preparada para isso.

A questão do trabalho foi outra área onde enfrentei dificuldades. Trabalhar em home office parecia a solução ideal para conciliar maternidade e carreira. No entanto, na prática, descobri que essa não é uma tarefa fácil. O que parecia uma vantagem — estar em casa, perto dela, enquanto trabalho — acabou se mostrando um grande desafio. As demandas do trabalho e as necessidades do bebê muitas vezes se chocam, e é impossível estar 100% presente em ambos os papéis. Esse aprendizado me levou a ser mais gentil comigo mesma, a entender que não dar conta de tudo não é um fracasso, e que pedir ajuda é necessário.

A experiência de ser mãe de primeira viagem me ensinou muito sobre mim mesma. Descobri forças que não sabia que tinha, mas também precisei aprender a lidar com minhas limitações. Ser mãe é aprender a ser paciente, a entender que as coisas nem sempre sairão como planejado, e a valorizar cada pequeno momento de alegria. Os desafios são inúmeros, mas cada um deles traz uma lição valiosa, e o sorriso da minha filha faz tudo valer a pena.

E, apesar de não estar planejando ter outro filho, a verdade é que a Cora faz meu útero coçar sim, de tanto orgulho! Ela é tão maravilhosa que me surpreende a cada dia, tornando essa jornada ainda mais especial.

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