Pequenas alegrias


meus hábitos noturnos favoritos

Eu sempre gostei de criar rituais, mas sempre fui péssima em segui-los. A verdade é que eu romantizo o processo, mas esqueço que a vida real não costuma seguir roteiro; especialmente quando envolve rotina. As coisas começaram a mudar depois da chegada da Cora. E não porque, de repente, tudo virou um conto de fadas, mas porque eu senti necessidade.

Necessidade de desacelerar. De criar pequenos respiros entre um dia e outro. De preparar o corpo (e principalmente a mente) pra dormir. Foi assim que os hábitos noturnos para relaxar começaram a surgir, aos poucos, no improviso, até virarem quase um ritual.

Tudo começa com o jeito que a casa vai mudando devagar. O ritual noturno da Cora (e o meu, por consequência) começa com as luzes mais baixas, em tons quentes e suaves. É como se a casa inteira sussurrasse: “agora pode descansar“.

Geralmente apago as luzes principais e deixo só um abajur aceso, ou uma vela queimando devagar num cantinho do quarto. Essa luz mais morna, dourada, transforma tudo. E, de algum jeito, meu corpo entende que o dia está chegando ao fim. É quase automático, como se a iluminação conduzisse a respiração.

Enquanto a água do chá esquenta, eu já começo a respirar mais devagar. Camomila, erva-doce ou alguma mistura com nomes bonitos como “calma da noite”. Escolho minha xícara favorita, dessas que parecem feitas pra caber na mão.

o que eu faço do lado aqui:

Tem noite que eu leio. Tem noite que só abro o livro, passo os olhos por algumas linhas e fecho de novo. Palavras cruzadas também entraram na rotina; são simples, repetitivas e têm um poder quase meditativo. São meu jeito de desligar o barulho interno.

Entre uma coisa e outra, vou fazendo meu ritual de cuidados. Nada muito elaborado, mas com intenção. Um pouco de skincare, aquele hidratante com cheiro suave, pijaminha confortável e o Home spray no travesseiro. Pequenos gestos que viraram meus hábitos noturnos para relaxar.

Já percebi que o ambiente também muda o ritmo da mente. Gosto de deixar o quarto pronto: luz baixa, cama arrumada, celular longe. Às vezes acendo uma vela e deixo que ela fique ali por alguns minutos. A chama dançando, o barulhinho do pavio de madeira, o cheiro suave se espalhando. Tem alguma coisa nisso tudo que acalma: talvez o calor, talvez o ritual, talvez só o fato de fazer algo por mim.

Esses hábitos noturnos para relaxar não exigem nada além de presença. E nos dias em que eu consigo segui-los, mesmo que seja só um ou dois, já percebo: meu corpo agradece.


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comentários

  • Barbara Moretti

    e essa rotina faz toda diferença pra aliviar a cabeça né? mesmo que nem todo dia a gente consiga aplicar do jeito que planejou

    responder
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