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Jennette McCurdy em Estou feliz que minha mãe morreu

Jennette McCurdy em Estou feliz que minha mãe morreu

E a minha primeira leitura do ano foi “Estou feliz que minha mãe morreu” de Jennette McCurdy. Eu poderia ter começado 2023 com uma fantasia gostosinha e leve pra desestressar? Sim! Entretanto, eu me propus a ler mais livros de não ficção este ano e Jennette é uma atriz que admiro bastante. Por isso, quis conhecer a sua história e entender melhor a sua relação com a fama.

Jennette McCurdy compartilha suas memórias com os fãs

Ela ficou mundialmente conhecida ao interpretar Sam Puckett em iCarly e honestamente falando, era a minha personagem favorita da série. Mas eu não fazia ideia do que ela passou antes de alcançar o sucesso. O livro é um relato comovente e sincero sobre os abusos que a atriz sofreu nas mãos de sua mãe narcisista. Quando divulguei essa leitura no Instagram, notei que muitos dos meus seguidores não a conhecia; e agora que li, preciso dizer que você não precisa acompanhá-la ou conhecê-la para compreender a importância desse livro. Esse relato é muito importante para mudar a nossa perspectiva sobre os atores mirins e a busca incessante pelo sucesso.

Jennette usou o espaço em “Estou feliz que minha mãe morreu” para deixar claro que sua carreira não foi escolhida por ela. Net fazia de tudo para agradar a mãe e era manipulada emocionalmente. Fez vários testes quando criança e entrou para a indústria do entretenimento porque era o sonho de sua mãe. Mas apesar de citar as rejeições e competitividade no trabalho, Jennette não foca no abuso desenfreado na nickelodeon. Ela deixa claro que odiou fazer sam & cat, assim como odeia ser reconhecida pelo papel de Sam Puckett; também mostra a experiência horrível de trabalhar com Dan Schnieder. O nome dele não é citado nenhuma vez, mas deixa claro de quem se trata. E sim, ela também fala de Ariana Grande no livro…

Mas o seu objetivo mesmo é falar sobre a relação com a sua mãe. Que pessoa detestável! Calma, Jennette não ficou feliz porque ela morreu. Ela sofreu com a perda e sempre fez de tudo para deixá-la bem. O que a atriz conta é sobre como a mãe abusou dela durante a infância e até mesmo na adolescência. Ler sobre o abuso que Jennette viveu é completamente doloroso. Sua mãe ligava dez vezes por dia, fazia exames ginecológicos e até insistia em tomar banho com ela mesmo quando adolescente. É um conteúdo bem sensível e recomendo cautela ao lê-lo. Jennette foi direta e objetiva; admiro a sua coragem e agradeço por compartilhar a sua história com a gente. Torço para que esse livro continue em destaque por um bom tempo =)

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Estou feliz que minha mãe morreu

Jennette McCurdy

Autoria:
Jennette McCurdy

Páginas:
304

Editora:
nVersos
Um comovente e hilário livro de memórias da estrela Jennette McCurdy sobre suas lutas como ex-atriz infantil – incluindo distúrbios alimentares, vícios e o complicado relacionamento com sua mãe autoritária – e como retomou o controle de sua vida. Jennette McCurdy tinha seis anos quando realizou seu primeiro teste para atriz. O sonho de sua mãe era que sua única filha se tornasse uma estrela, e Jennette faria qualquer coisa para deixá-la feliz. Então obedeceu ao que a mãe chamava de “restrição calórica”, comendo pouco e pesando-se cinco vezes por dia. Também sofreu extensos procedimentos estéticos “caseiros”, como na passagem onde a mãe insistia que Jennette tingisse os cílios: “Seus cílios são invisíveis, sabia? Você acha que a Dakota Fanning não pinta os dela?” Jennette chegou ao cúmulo de ser banhada pela mãe até os dezesseis anos, além de ser forçada a mostrar o conteúdo de seus diários e e-mails e compartilhar toda a sua renda. Em Estou Feliz que Minha Mãe Morreu, Jennette narra tudo isso em detalhes – assim como o que acontece quando o sonho finalmente se torna realidade. Lançada em uma nova série da Nickelodeon chamada iCarly, ela foi impelida à fama. Embora sua mãe estivesse em êxtase, enviando e-mails aos moderadores do fã-clube e tratando os paparazzi pelo primeiro nome (“Oi, Gale!”), Jennette sentia muita ansiedade, vergonha e autoaversão, que se manifestavam na forma de distúrbios alimentares, vícios e uma série de relacionamentos tóxicos. Tais problemas só pioraram quando, logo após assumir a liderança no spin-off de iCarly, Sam & Cat, ao lado de Ariana Grande, sua mãe veio a falecer de câncer. Finalmente, depois de descobrir a terapia e parar de atuar, Jennette embarcou na recuperação e passou a decidir, pela primeira vez na vida, o que realmente queria. Narrada com franqueza e humor ácido, Estou Feliz que Minha Mãe Morreu é uma história inspiradora de resiliência, independência e a alegria de poder lavar o próprio cabelo.

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comentários

  • Aline Amorim

    Eu li o livro e achei ele muito pesado, porque as coisas que a Jennette passou foram terríveis. Achei o livro muito bem escrito e li ele super rápido, mesmo tendo temas tão fortes.

    responder
  • Luly Lage

    Nossa, Clayci, que pesado!
    Eu já tinha visto esse livro rodando pelo Instagram afora e cheguei a ver pessoas compartilhando que a Jennette tinha publicado um livro com esse teor, mas não tinha ligado as duas coisas, é um título bem apropriado pra vida dela, pensando principalmente que não é exatamente literal, né? Isso de tomar banho junto com ela me arrepiou a espinha! Coitadinha…
    Eu não sabia que a Sam era personagem em duas séries da mesma época, não assisti Sam & Cat e nem iCarly, deve ter sido duas vezes mais puxado.
    Fiquei com vontade de ler o livro!

    responder
  • Daniely Novaes

    Adorei ler seu artigo! Muito bom mesmo, vou salvar em meus sites favoritos para ler todo final de semana.

    responder
  • Samara

    Ótimo artigo! Conteúdo rico em informações interessantes e úteis. Obrigado por compartilhar.

    responder
  • Camila Faria

    Oi Clayci, tenho lido muitas resenhas positivas desse livro. Eu não acompanhei as séries que a Jennette atuou, mas acho que independente disso eu gostaria de conhecer mais sobre a sua história traumática com a mãe. Beijos

    responder
  • Paloma

    Oiee! Não conhecia o livro, mas parece ser bem legal. Eu também quero ler mais obras de não ficção esse ano.
    Beijos??

    responder
  • Paloma

    Nossa não sabia que a mãe dela a obrigava a tomar banho junto a ela. Assim que foi lançado o livro vi muitas criticas sobre ela ter dito coisas crueis sobre a mãe, mas olhando do pontoo de vista da Jannette entendo que ela sofreu muito, é uma pena ela não ter voltado para a série de Icarl, amava demais a personagem, mas pelo que entendi na sua resenha, foi o melhor assim.

    responder
  • Aline

    Esse assunto de mães narcisistas nunca foi muito abordado porque ainda se têm muito enraizado o ideal da mãe perfeita. É muito difícil pessoas terem coragem de falar sobre mães narcisistas porque fere muitos conceitos populares.
    É muito triste que a Jennette tenha passado por isso, ainda mais que tenha sido simultaneamente com outros abusos.

    Não li esse livro ainda, mas me pareceu aquele tipo de leitura necessária.
    Um beijo!

    responder
  • karolini Barbara

    Clayci, eu já tinha ouvido falar (por alto) sobre a relação tóxica da mãe da Jannet. Eu sempre gostei de iCarly, porém fiquei triste ao saber que fazer esse tipo de papel trouxe tanto desconforto a ela.
    Inclusive ela negou sua participação na nova série iCarly que a Nickelodeon produziu, com eles mais velhos. Um dos motivos do porque não assisti.
    Fiquei curiosa com sua leitura e já a coloquei no carrinho, vou adquirir o livro.

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