Lúcifer, o libertador é uma história impactante a priori. Só pelo título muitos já colocariam o pé atrás para lê-lo. Mas não se assuste, pois o livro de Ticiano Bréscia constrói um diálogo entre um escritor de nome homônimo ao do autor e Lúcifer, o anjo. Ao melhor estilo que me remeteu à Divina Comédia, de Alighieri; o livro é agradável de se ler e prende a atenção do leitor com o relato do “anjo caído”.
Não há como não sentir certas referências e conflitos de imagem que temos inseridas em nossa mente. Por vezes imaginei a imagem desse Lúcifer como o de um homem comum, simples, de amplo conhecimento e cansado da vida ser uma mentira. Decidido então a revelar toda a real verdade sobre a criação do mundo, ele procura por Ticiano. Este por sua vez, não crê no que está acontecendo. Cético e ateu, precisa ser convencido antes de encontrá-lo em seu próprio apartamento.
– Então o que o faz pensar que as pessoas acreditarão em mim? Imaginemos a cena: “Estou aqui para divulgar o livro ditado por ninguém menos que Lúcifer, em um domingo chuvoso, no inverno deste ano”, já vislumbro os risos na plateia.
Lúcifer, o libertador
Reconstruindo a imagem de Lúcifer
Acredito que o principal ponto trabalhado aqui é o prólogo da criação do mundo, ou melhor, a humanidade. Além disso, no diálogo entre Lúcifer e Ticiano, o primeiro revela que Deus não passa de um ser que sofria de tédio com suas criações perfeitas, monótonas e rotineiras. E Lúcifer de fato era um anjo, um dos primeiros e mais próximos de Deus. Sendo então incumbido de ter um papel crucial nos planos dele para o desenrolar da humanidade.
Entretanto somos surpreendidos pelo desfecho do relato do anjo. O mesmo faz indas e vindas na Terra, com um objetivo que prossegue além do propósito original que havia sido tramado por Deus. Para muitos, isso já era de se esperar, mas para outros, o relato que será publicado em livro não passará de baboseiras. Caberá mais uma vez à humanidade tomar uma decisão por sí só e os rumos que pretende seguir. Mas há outro ponto em questão trabalhado no conto pelo autor.
Ele coloca algumas situações e exemplos relatados por Lúcifer ao escritor. Por motivos de deixar bem claro como as coisas se desenrolaram. Os argumentos são bem construídos e tão bem escritos que de fato você consegue visualizar a cena de Deus conversando com o anjo. Agora fiquei querendo uma continuação; pois apesar dessa história ser bem desenvolvida e fechada, adoraria ver o desenrolar dos fatos que aqui foram mostrados. No meu ver há diversos caminhos que o autor pode explorar em uma continuação.
Lúcifer, o libertador está disponível na Amazon. Conheça o trabalho do Ticiano Bréscia.
Mara Santos
Oi, Clayci.
Pelo nome eu provavelmente não me interessaria, mas depois de ler a sua opinião, fiquei super intrigada por essa história.
Amei a dica!
Ana Paula Lima
Oii!
Clayci, não conhecia o livro e acho que você já sabe que não faz muito meu estilo de leitura, mas eu gostei de ver sua opinião sobre a obra e conhecer um pouco mais da proposta do autor. Achei interessante demais essa questão de que Lucifer acreditava que deus era tedioso… as vezes eu tbm acho isso, rs.
Espero que o autor faça uma boa continuação para a obra!
Beijinhos,
Ani
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