Filhos de Sangue e Osso é o primeiro livro da trilogia O legado de Orïsha da autora Tomi Adeyemi, É uma fantasia baseada na cultura iorubá e foi publicado pelo selo Fantástica da editora Rocco.
SOBRE A HISTÓRIA FILHOS DE SANGUE E OSSO
A história se passa em Orisha, uma região onde os deuses concederam poderes a mortais nomeados Maji (pessoas que nasceram ligadas aos deuses ). Zélie viu a sua mãe ser assassinada pelos soldados do rei quando ainda era criança. O rei, que por medo desse poder, ordenou seus subordinados a matar todos os maji adultos para acabar com a magia. Tudo isso aconteceu há 11 anos atrás, mas o sofrimento continua presente.
Zélie viu o seu povo ser atacado e não pode fazer nada para impedi-los; sua mãe foi acorrentada e morta na sua frente. E mesmo depois de tantos anos, as memórias daquele dia não saem da sua mente. Ela ora todos os dias para Oya – sua divindade irmã – para que a magia volte e seja possível se vingar de todos aqueles que destruíram o seu lar. Entretanto, ela não faz ideia de que esse dia está mais perto do que nunca.
Amari é a princesa de Orisha e mesmo fazendo parte da realeza, cresceu em um ambiente hostil. Ela foi ensinada a desprezar e odiar os divinais, mesmo não concordando com isso. E quando vê a sua melhor amiga divinal, ser morta pelo seu pai, Amari decide que isso precisa ter um fim. A princesa descobre que existe uma forma para acabar com as crueldades do rei e devolver a magia ao mundo. Foi então que decidiu roubar um pergaminho mágico e fugir do castelo. Ela não fazia ideia do que faria com esse item, até esbarar com Zélie.
Corações bons não deixam cicatrizes como essas. Eles não queimam vilarejos até as ruínas.
Filhos de Sangue e Osso
OS PERSONAGENS
Zélie
Eu realmente gostei da protagonista. Desde a primeira página senti que ela tem toda a personalidade de uma heroína. Zélie nunca abandonou a sua crença! Mesmo nos piores momentos, quando tudo estava dando errado, ela não deixou de lutar e acreditar. E ela não lutava para si mesma, ela fazia isso pela sua família e seu povo. Ela é impulsiva e por conta disso acaba metendo os pés pelas mãos. Sem querer, prejudica pessoas, mas isso porque ela gosta do que é certo e não aceita injustiça. Ela tem falhas, não é aquela personagem perfeitinha e isso fez com me identificasse e sentisse empatia pela suas ações. Por fora ela é corajosa e determinada, mas por dentro é possível enxergar seus medos e inseguranças.
Tzain
Ele é irmão de Zélie e ainda não consigo dizer o que senti pelo seu personagem. Espero que seja melhor explorado na continuação, pois não gostei muito da sua personalidade (pelo menos o que li). Por mais que eu entenda a raiva dele pelas atitudes impulsivas da irmã, senti que ele a culpava por tudo. Ele não deixou de defender a sua irmã nos momentos em que mais precisava e ele é uma boa pessoa. Mas queria ver mais da sua perspectiva!
Amari
Se tornou a minha personagem favorita (pelo menos nesse volume). Ela é uma princesa que cresceu em um ambiente hostil, mas que não foi influenciada pelo ódio de seu pai. Amari tem as suas fraquezas e inseguranças, mas isso não a impediu de tentar melhorar as coisas. Ela teve um conflito interno, pois sabia que era capaz, mas teve dificuldades para aceitar e tomar uma decisão. A princesa é bem pacifica, porém não pensa duas vezes se alguém ferir quem ela ama e se preocupa.
Inan
Iniciei o livro odiando esse personagem, mesmo imaginando e sabendo que isso mudaria conforme a leitura. Ele é filho do rei e é um personagem complexo, confuso e com várias camadas. Pelo menos, até metade da leitura, não conseguia achar motivos para gostar dele. Inan fez tantas coisas estúpidas, mas ao mesmo tempo quando conhecemos a sua história fica difícil julgá-lo. Ele cresceu acreditando que a magia fosse algo ruim, ele foi instruído para isso. Então é claro que não será fácil entender que tudo que ele viveu foi uma mentira.
MINHA OPINIÃO
Por mais que este livro estivesse na minha meta de leitura, não era para iniciá-lo agora. No entanto, quando dei uma folheada, fiquei presa logo na primeira página e quando dei por mim tinha lido 100. Apesar de ter demorado um pouco para me acostumar com o estilo da escrita, não tive dificuldades para entrar na história.
Eu amo fantasia e Filhos de Sangue e Osso é uma daquelas histórias instigantes que quanto mais você lê, mais importante a trama se torna para você. Os personagem foram bem desenvolvidos e gosto quando eles progridem gradualmente, sabe? Aqueles personagens confusos, com várias camadas e que vão te conquistando aos poucos?
Já faz um tempo que eu não sentia tanto ódio de um personagem como senti de Saran. Ver todo o preconceito sem sentido do rei, me fez vontade de voar no pescoço dele. Ele não é aquele tipo de vilão com propósito; ele sentia prazer em eliminar quem atrapalhasse os seus planos.
Eles construíram esse mundo para você, construíram para amá-lo. Eles nunca o amaldiçoaram nas ruas, nunca quebraram as portas da sua casa. Eles não arrastaram sua mãe pelo pescoço e a enforcaram para o mundo assistir.
Filhos de Sangue e Osso
Algumas coisas me incomodaram
No entanto, mesmo gostando dos personagens e da proposta da autora, algumas coisas me incomodaram. Senti falta de várias explicações. Não sei se isso foi proposital e se essas questões serão sanadas na continuação. Contudo, existem algumas dúvidas que surgiram durante a leitura e que senti necessidade de uma explicação. O que é o jogo agbön? Ou como exatamente a magia funciona? No inicio do livro tivemos uma apresentação de todos os dez clãs Maji. Porém sempre que alguém usa o seu poder, só vemos o que eles fazem e não como e o que está por trás disso.
Sei que a magia foi erradicada e que é possível usar isso como argumentação. Afinal, ficaram tanto tempo sem e ninguém sabia como usar as suas habilidades de forma correta. Todavia seria interessante explicar os trâmites por trás dos poderes. Por amar tanto esse gênero, gosto de me sentir parte da história e saber de todos os detalhes.
Mesmo não curtindo tanto a forma com que a historia foi parcialmente finalizada, preciso dizer que terminei arrasada e com o coração na mão. E ler as notas da autora, fez com que eu chorasse e pensasse em todas as injustiças do mundo. Tem muita representatividade em filhos de sangue e osso; a autora fala sobre tortura, tirania, morte e opressão. E por mais que eu saiba que se trata de uma ficção, infelizmente representa muitas situações reais. Recomendo muito esta leitura
Michelle Russo
Gente que livro é esse to muito empolgada, adoro o gênero e preciso, necessito ler mais obras deste estilo, sua resenha ficou ótima adorei, e lá vou elogiar a fotografia desse post, porque ficou linda demais, beijos!
Clayci
hahah muito obrigada <3
Torcendo para vc curtir essa leitura
Aline Coelho
Antes de mais nada quero lhe dar os parabéns porque suas fotos ficaram lindas, amei.
Sobre o livro, eu não conhecia, achei interessante, mas não fiquei muito curiosa. Mas se sair mesmo o filme posso conferir. Enfim, parabéns pela leitura e espero que a sequência responda suas perguntas.
Paac Rodrigues
eu li esse livro e amei muitoo, acho que estava faltando uma editora publicar obras sobre outras culturas por meio de fantasias.
Clayci
Estava mesmo!! Não vejo a hora de sair a continuação
Marijleite
Oi, eu tenho muita vontade de ler esse livro, um ponto que chama a minha atenção é a questão da representatividade. Gostei de conferir suas considerações sobre ele e de saber que a leitura lhe prendeu a ponto de logo chegar na página 100.
Clayci
Eu acredito que vc vai gostar dessa leitura 3
Dayhara Ribeiro Martins
Oi Lindeza, eu namoro esse livro tem tampo tempo que nem consigo lembrar, de verdade! Acho essa capa de uma lindeza sem tamanho e a capa de continuação entao, ganhou meu coração todinho, apesar das suas considerações, quero ler ainda esse ano.
Clayci
Eu fiquei apaixonada quando saiu a segunda capa e não vejo a hora de ler uahuahauhauhuahua
Alice Lacerda Montiel
Oiii Clayci
Eu amei esse livro, nunca havia lido nada ambientado nesta cultura africana e achei tudo tão rico e vivido, as descrições da autora, a cultura achei maravilhoso. Mas tive sentimentos mistos pelos personagens masculinos, tanto Tzain quanto principalmente Inan, até o final não consegui gostar do principe. Achei o romance aliás meio forçado, ambos os romances não me convenceram e pra dizer a verdade não entendi porque a autora quis inserir romance, a história é tão boa e rica que nem fazia falta sabe? Eu adoro o livro e quero demais conferir a continuação, faltam tantas respostas ainda, que espero que venham nas próximas sequências.
Beijos
http://www.derepentenoultimolivro.com
Clayci
Eu não sei porque tem que meter romance em tudo nos YA hauhauhauhuahuah
Isso me incomodou também. Tentei ignorar
Dai Castro
Sempre que via esse livro pensava que era fininho mas vi ali que passam das 500 páginas haha Parece ser uma história bastante envolvente, tomara que os pontos soltos, sem explicação seja um gancho pra continuação, né?
Amei as fotos, essa primeira então, é de tirar o fôlego amiga!
Beijos!
Clayci
hahaah eu pensava o mesmo amiga.
Nem me atentei nisso quando vi a sinopse e as resenhas. Quando peguei o livro na mão pensei: lascou ahuahuaha
Mas nem senti as páginas passando
Hanna Carolina Lins de Paiva
Oi Clayci, eu também amo livros de fantasia e esse me chamou a atenção, assim como sua resenha incrível. Sempre tem aquele personagem que nos é um mistério, ora amamos, ora odiamos e não sabemos o motivo dessa mudança de sentimentos o tempo todo… rs
E supre te entendo quando começa a ler a primeira página por curiosidade e, quando vê, já tá na 100… kkk
Bjks!
Mundinho da Hanna
Clayci
hahahahah fantasia é inspiradora.
Nem sinto as páginas passarem
Nina Spim
Oi, Clayci! Que saudade de vir aqui <3 Então, esse livro tá na minha meta do Leia Mulheres pra esse ano e quero demais lê-lo, muita gente fala horrores (de forma positiva) dele. Acho que o que mais me cativa nem é a fantasia, sabe? É o fato de ter muita representatividade negra, coisa que tenho buscado muito nas minhas leituras. Uma pena que algumas coisas ficaram inexplicadas, mas acho que faz parte da duologia. Fotos lindas, como sempre!
Love, Nina.
http://www.ninaeuma.blogspot.com
Clayci
Senti sua falta aqui tbm <3
Eu acredito que vc vai gostar dessa leitura, mas sou suspeita pq tbm amo fantasia.
E ver a forma que a autora usou para falar de representatividade e opressão foi incrível
Larissa Dutra
Olá, tudo bem? Não conhecia o livro ainda, mas achei a capa muito bonita e a premissa bem instigante. Pelo o que tu disse, parece ser uma leitura maravilhosa, apesar dos pontos negativos. Adorei a dica!
Beijos,
Duas Livreiras
Clayci
<3 fico feliz que tenha se interessado
Niceness Beauty
Uii, que sinistro. Gostei dos personagens