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Deathdisco – Atsushi Kaneko
um mangá sombrio cheio de suspense

A historia de Deathdisco escrita por Atsushi Kaneko é o primeiro volume de uma série de mangás voltado ao público adulto. Com um contexto bem violento e carregado de situações absurdas com bastante sangue de nanquim espalhado pelas páginas, Deathdisco inicialmente é enigmático. Digo isso porque do começo ao fim apenas questionamentos surgem, um atrás do outro, e ficamos ansiosos por inúmeras respostas. E o decorrer das páginas parece simplesmente nos ignorar.

Não diria que ele é um tanto diferente de outros mangás adultos que temos, mas sua carta na manga é nos causar extrema curiosidade. Com seguidos questionamentos que começamos a impor sobre a história, ansiamos por percorrer as páginas e agora estou ansioso pelo segundo volume dele. Entretanto, não há incoerência e nem abstenção da lógica. Apenas acontecem coisas que, no mundo real, seriam o cúmulo do absurdo. Mas que no mangá só o deixam ainda mais atrativo.

“…então me diga… por que as pessoas morrem?

Todos morrem sem saber o porquê”

Deathdisco

O que há em Deathdisco?

Kaneko nos traz uma história envolvendo uma organização secreta e excêntrica ao mesmo tempo. A então organização, chamada Guild, decide a bel prazer quem deve morrer e crava um alvo nesta pessoa. Para realizar o seu serviço sujo, a Guild conta com inúmeros Reapers espalhados pelo mundo. Estes por sua vez são meros cidadãos comuns, mas que são capazes de se tornar perigosos assassinos para obter a recompensa concedida pela organização.

Certas vezes ocorrer de muitos reapers estarem perseguindo o mesmo alvo e acabarem por  se enfrentar e se matarem. Mas em meio a toda essa bagunça temos a Deathko. Ela também é uma reaper, dotada de habilidades que aparentemente nem sequer são humanas. Indo além das capacidades naturais da espécie. Ou seja, ela é puro mistério. Entretanto, podemos notar algo perturbador em seu psicológico e sua mente. Inúmeros conflitos existenciais que a bombardeiam constantemente, fazendo com que Deathko odeie a tudo e todos.

Eu poderia coloca-lo como uma distopia que trabalha bem a violência de grupos que atuam nas sombras. Distorce a realidade de pessoas comuns, porém não dá explicações dos acontecimentos e deixa muito suspense e questionamento no ar. Isso atrai o leitor e os traços precisos confluem muito bem com a história. Recomendo para quem realmente curte o gênero ou quer se aventurar nele.

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Deathdisco

Atsushi Kaneko

Autoria:
Atsushi Kaneko

Editora:
Darkside Books

Páginas:
192
A obra conta a história de uma legião de matadores, de objetivos um tanto obscuros, chamada Guild, um tipo de sindicato onde todos são classificados conforme os serviços prestados. Esse grupo caça as vítimas por meio dos reapers, ou ceifadores, assassinos fantasiados e cruéis, que competem entre si para ganhar notoriedade e respeito dentro de suas Guilds. Entre todos eles, se destaca uma menina extremamente letal: Deathko. A chegada da jovem abala o equilíbrio deste universo, uma vez que ela mostra total falta de respeito às regras vigentes. Com estilo só seu, que passeia entre o gótico e uma certa melancolia, Deathko odeia o mundo em que vive e está disposta a mudar tudo ao seu redor usando as ferramentas que possui. Todas as noites, ela deixa o porão de seu castelo, onde faz os mais variados instrumentos mortais, e sai à caça. Com ela do lado de fora, a morte espreita em todos os cantos. Kaneko — conhecido dos leitores brasileiros por Bambi — dá sequência a alguns temas recorrentes em sua obra, como a exploração da ultra-violência, protagonistas femininas fortes e matadoras, personagens inusitados, uma construção narrativa em velocidade vertiginosa, afiada como uma foice, sem falar no traço belo e minimalista do autor. Porém, Death Disco vai ainda mais fundo na fantasia de terror e na crueldade dos personagens. Atsushi Kaneko junta aos tradicionais elementos do desenho de mangá traços do quadrinho underground europeu e norte-americano, gerando um resultando bastante particular, assustador e encantador ao mesmo tempo.

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