Na última sexta-feira 13, a Netflix disponibilizou a série Coletivo Terror no catálogo. Se trata de uma antologia norueguesa, que traz 6 histórias com perspectivas diferentes. São episódios curtos (30 minutos cada, aproximadamente) e todos possuem elementos de suspense/terror. São tramas que envolvem e apresentam assuntos oportunos. Algumas menagens são claras, outras é preciso refletir a respeito. Mesmo sentindo que alguns episódios mereciam mais aprofundamento, gostei da proposta de Coletivo Terror. Vou tentar resumir sem spoilers comprometedores. Apesar da intro de cada episódio estar conectada em uma viagem de ônibus, são histórias independentes.
Ganância, poder e imaginação no Coletivo Terror
O primeiro episódio, Um Grande Sacrifício, foi o que mais mexeu comigo. Não sei se vocês vão se identificar, mas quando assisto algum thriller fico preocupada com o aparecimento de animas. Gosto de terror e não me importo com cenas sangrentas, mas não coloca bichinho na história porque perco o foco e fico angustiada pensando no que vai acontecer com ele. Pois bem, apesar dessa preocupação e de ter ficado com o coração na mão, de todos os episódios, na minha opinião este foi o melhor.

Senti que foi uma forma inteligente de abordar a ganância humana. Nesse episódio acompanhamos uma família se mudando para uma nova cidade no campo; nesse local o comportamento dos moradores é algo singular. Logo de cara, vemos uma comunidade prestativa e esse episódio fala sobre relações de afeto. Bom, existe uma pedra mágica capaz de realizar desejos, mas para isso acontecer, precisa de sacrifícios.
O segundo episódio é um dos que mereciam aprofundamento, pois fala sobre saúde mental. Três irmãos loucos vai contar a história de um jovem que saiu recentemente de um hospital psiquiátrico. Ele ficou internado por alguns anos e agora que recebeu alta, decidiu viajar para uma cabana com os seus irmãos. No trajeto, eles acabam conhecendo uma garota e ela participa dessa viagem. Acho que foi o episódio mais sangrento do Coletivo Terror e o enredo brinca bastante com a nossa imaginação.
Uso excessivo da tecnologia e excesso de poder
Também gostei bastante do terceiro episódio, apesar de tê-lo achado um pouco confuso inicialmente. Senti que “Escritor do mal” faz uma dura crítica sobre o uso da tecnologia. Nesse episódio vamos conhecer uma jovem privilegiada que sonha em ser uma escritora. Tudo em sua vida é perfeito e isso causa irritação nas pessoas que convivem com ela. Entretanto, algo acontece e tudo começa a dar errado. A jovem começa a questionar sua própria realidade e até onde ela tem controle sobre sua vida.

E mais uma vez a briga por poder aparece no quarto episódio. Em Cobaias um poderoso e renomado dono de uma empresa, convida seus colegas de trabalho para jantar em sua casa. Eles estão comemorando o resultado de uma pesquisa, mas isso muda quando o dono descobre que seu protótipo recém-inventado foi roubado por um desses convidados. Só que para achar o verdadeiro culpado, ele acaba agindo de forma irracional e cruel, colocando a vida de todos, inclusive da sua mulher, em risco. O final foi bem interessante e reflexivo.
Cuidado com quem você convive
De todos os episódios, na minha opinião, o quinto foi o pior. Temos ambiente e elementos clichês de sobrenatural em uma Escola Antiga. Sana é a nova professora do colégio e coisas estranhas começam acontecer em seu ambiente de trabalho. Almas infantis pedem por socorro e querem que um segredo seja revelado. Corajosa, Sana decide investigar a história e o passado sombrio daquela escola. Apesar de gostar dos clássicos do terror e de elementos envolvendo rituais e sacrifícios, este episódio não foi bem explorado. Acredito que a ideia é falar sobre preconceito e bullying, mas acabou se perdendo.

E por falar em bullying, o sexto e último episódio, de alguma forma tentou trabalhar isso também. O Elefante na sala foi bem sangrento e me fez lembrar de um escape room. Na trama, vemos dois funcionários novatos tentando resolver o mistério por trás de um terrível acidente com uma ex-colega de trabalho. Acho que o objetivo desse episódio é mostrar como um julgamento prévio pode ser prejudicial para todos os envolvidos. E também em como devemos ter certeza antes de acusarmos alguém. Poderia ter sido melhor trabalhado, pois essa mensagem ficou escondida com esse horror.
Ainda sem saber para onde o motorista levará os passageiros, pois sinto que alguns não mereciam ir para o inferno, gostei da premissa e maratonei todos os episódios de uma vez só. Por mais que tenha elementos característicos do gênero, o auge de Coletivo Terror é mostrar o que mais de humano esses enredos tem a nos apresentar. Perdeu a fé na humanidade? Então acho que você vai gostar da série.
Renata Cezimbra (Lady Trotsky)
Oi Clayci, tudo bem?
Sabe o que me lembrou essa série norueguesa da resenha? Me lembrou as séries que a Hammer fez nos anos oitenta: A Casa do Terror e Cine Suspense. O estilo de contação de histórias é bem semelhante e as temáticas são bem parecidas também, por isso achei MUITO interessante e quero ver se assisto!
Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky…
http://www.osvampirosportenhos.com.br
Lilian de Souza Farias
Caramba, não sabia e vou verificar agora, estava procurando algo novo na Netflix e essa caiu como uma luva. Essa questão do humor distorcido parece interessante.
Mara Santos
Oi, Clayci!
Não sou muito de terror e para assistir menos ainda rsrsrs Me impressiono muito fácil, mas pelo que você contou, as pessoas que são amantes do gênero vão adorar assistir!!!
Beijão!
PS Amo Leitura
Olha, não sou fã de terror, mas às vezes me aventuro. Esse eu ainda não conhecia e pelo o que você contou e as imagens que selecionou, já me deixou completamente aflita. Confesso que também não gosto de aparições de animais nesses contextos. Sempre deixa uma sensação muito ruim haha. Adorei saber sobre Coletivo Terror.
Beijos.
Luana Souza
Só as imagens que você colocou no post me deixaram com vontade de assistir, e olha que eu não sou a maior fã de série no geral porque geralmente eu nunca consigo terminar. Vou ver se gosto do primeiro episódio dessa, afinal preciso me distrair nessa quarentena! O humor junto com o terror da série parece ser o tipo de coisa que eu vou gostar 🙂
Clayci
Ahhhh depois me fala o que achou <3
Ana
Eu achei a proposta interessantíssima. Não sou muito chegada ao terror porque eu sou muito medrosa, fico pensando na coisa até a minha mina geração kkkkk. Esse episódio dos irmãos loucos me deixou intrigada. Espero conseguir assistir!
Clayci
hahah ele é um dos que deveriam ter se aprofundado mais
Pq ficou meio confuso
Bianca Ribeiro
Eu sou uma panfleteira de terror e thriller, que as vezes chega a ser chato kkkk Eu sempre bato na tecla de que terror é uma ótima forma de tratar de assuntos complicados de uma forma que choque e conscientize as pessoas!
Eu vi você falando sobre essa série no instagram e desde então tô doida pra ver, assim que eu terminar a série que eu tô vendo, vou ver! ótima dica pra quem tá em isolamento (eu) kkk
Amei suas fotos!!
Clayci
Ahhh assiste sim, quero saber sua opinião depois
viviane
Oi Clayci, no momento não estou assinando Netflix, então estou por fora dos lançamentos, mas este, com certeza eu iria curtir, gosto de terror, com um pouco de deboche mas com uma lição no fundo. Como são episódios curtos, vou ver se encontro em outra plataforma. Ótima dica.
Bjos
Vivi
Blog Duas Livreiras
Marijleite
Oi, se tem episódios curtos eu já fico mais interessada em assistir. Eu quero ver mais histórias de terror e, pelos seus comentários, temos temas bem interessantes sendo abordados aí.
Michelle
Para ser sincera eu não curto muito produções do gênero, mais acredito ter sido uma boa incluir no catálogo opções assim para quem curte, gostei da observação sobre fé na humanidade tudo mais fiquei meio curiosa se criar coragem por aqui vou tentar assistir!